Globalização e gestão de riscos na moderna administração das organizações

A grande interdependência entre os países aliada aos processos de cooperação e integração regional caracterizam a globalização como um fenômeno multifacetado que apresenta diversas dimensões (econômicas, polticas, culturais, ambientais, etc.) interligadas.
A integração dos mercados nacionais através do comércio internacional caracteriza a globalização comercial. O reflexo desta globalização surge pela necessidade de expansão das fronteiras organizacionais e é representado por um viés mais “moderno” dos modelos de competição, o que traduz em uma necessária globalização tecnológica para fazer frente a esse novo momento. Para atender e acompanhar a nova velocidade das relações entre os principais agentes econômicos (famílias, empresas, governo e exterior), ocorre também a integração das estruturas produtivas domésticas em uma estrutura produtiva internacional (globalização produtiva) e isto acaba por transformar os mercados financeiros nacionais em um grande mercado financeiro internacional (globalização financeira).
Na moderna administração das organizações, sobreviver em mercados competitivos exige dos administradores a sensibilidade para avaliar o comportamento das múltiplas variáveis que compõem a realidade interna e externa da organização e, ao mesmo tempo, estratégias e capacidade de antecipar estados futuros do ambiente em que a empresa atua ou pretende atuar, ou seja, surge aí a necessidade de uma eficiente gestão de riscos.
A chamada gestão de riscos passou a ser condição de sobrevivência das empresas no mercado global e considerando a velocidade imposta pela globalização, errar pode ser “fatal”. Empresas em todo o mundo estão ampliando a área de gestão de riscos que é responsável por identificar problemas que possam prejudicar seus negócios. A gestão de riscos que antes era utilizada apenas para situações eventuais e emergenciais, agora é utilizada a todo instante, ou seja, deixou de ser eventualmente importante para ser essencialmente estratégica. Assim, nas organizações a prevenção às ameaças e a reação imediata quando a crise está instalada exige alguns instrumentos que já estão sendo utilizados:
Estímulo à Inovação – a rotina de trabalho em algumas empresas têm mudado para tentar antecipar tendências;
Vigilância às Redes Sociais – para evitar o marketing negativo, as empresas estão monitorando de perto os comentários sobre elas nas redes sociais;
Novo Modelo de Bonificação – para garantir efetividade no processo de gestão de riscos, algumas empresas estão atrelando a remuneração dos seus principais executivos a metas específicas ligadas à prevenção de riscos financeiros e operacionais.
O resultado de uma eficiente e eficaz gestão de riscos nas organizações caracteriza-se por um viés mais eficiente nos resultados como, por exemplo, obtendo uma maior margem de lucros e através da melhor projeção dos seus investimentos, favorecendo os resultados e tornando a empresa mais atraente aos olhos dos investidores. Assim, com a globalização, a gestão de riscos vem corroborar com o conceito “ideal” de eficiência na visão do investidor para análise de risco e retorno: quanto menor o risco, maior o retorno.